O projeto popular Lula Lá, não poderia ter dado tão certo. Depois de oito anos "lá", o presidente Lula conseguirá eleger com o peso de sua influência a presidente da República, 20 dos 27 candidatos a governadores, terá 2/3 do Senado e maioria absoluta na Câmara. O fenômeno Lula com 90% de aprovação popular vai eleger todos... Mesmo seus oponentes históricos... Vejam o jingle de Collor em Alagoas: "é Lula apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma, pelos mais carentes. É Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor, para o bem da nossa gente. É Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor, e os três para o bem da gente".
Lembrei muito das campanhas de 98 e 2002 quando conheci muito dos candidatos do PT, que entravam nos ônibus da Petrobras pediam votos e vendiam broches e camisas do PT, para ajudar nas despesas da campanha. Lembrei de uma fala de Luís Alberto quando criticou as praticas das direitas que pagavam a pessoas pobres para vestir camisas e ficar o dia no sol balançando bandeiras. Dizia ele que um partido se faz com militantes. Nessa campanha o que mais vi foram pessoas pobres no sol balançando bandeirinhas de Luís Alberto. É meu caro! A direita continua com as mesmas práticas.
Conheci Bassuma deitado no meio de uma BR em uma greve, na época era Deputado Estadual do PT, Wagner. Meu Deus! O que o poder faz... A diferença nos discursos eram claras... O PT lutava pela reforma agrária, por educação pública de qualidade, pela auditoria das dividas externas que levavam 40 % do PIB, fazendo com que milhares de brasileiros morressem de fome. Enquanto o PSDB, PFL e PMDB e seus aliados votavam pela flexibilização da CLT, e chamavam os aposentados de vagabundos. Era fácil definir o voto!
Hoje depois de um longo e cansativo período de campanha eleitoral não vimos nenhuma diferença nas propostas de Dilma, Marina e Serra. Todos seguem o Mesmo programa. No último debate foi até engraçado ver Serra dizendo a todo momento que quem começou com os projetos que Dilma nervosa anunciava foi ele.
O projeto Lula lá nos apontava para um horizonte de sonhos que hoje nos sentimos caminhando com pesadas bolas de ferro presas aos nossos pés. Mas o projeto ainda vive, mas não podemos continuar no barco que deu meia volta e agora rema em sentido contrário. Depois de tanto trabalho como militante do PT e depois do PCdoB, me sinto traído, e nessas eleições não votarei 13 ou 65.
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